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Devocional CREIO Pela Vida

  • Foto do escritor: CREIO Guarulhos
    CREIO Guarulhos
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura
Deus cuida da nossa tristeza, setembro amarelo

Sejamos sinceros, qual é o valor que vemos na tristeza?


Quando tenho um dia triste, só quero que a noite chegue para dormir e esperar que amanhã seja melhor. Quando vou conversar com uma amiga e ao invés de rirmos juntas, ela desabafa sobre algo que está entristecendo ela, eu quero logo mudar de assunto. Quando aparece uma notícia no jornal que me angustia e entristece, eu tento ocupar minha mente com outras coisas. Mesmo que eu seja uma pessoa mais melancólica e goste da serenidade amarga que a tristeza produz, uma hora esse sentimento cansa. A verdade é que, mais cedo ou mais tarde, deixamos a tristeza de escanteio, porque não vemos utilidade alguma nela. A nossa própria tristeza nos deixa entediados, e a tristeza do outro nos deixa desconfortáveis.


Mas, quando parece que nada vai bem e que precisamos de um ombro amigo, para quem eu vou contar o que está me entristecendo, se no fundo, ninguém verdadeiramente se interessa? Pai, mãe, melhor amiga, namorado, líder, pastor, não importa. Por mais bem intencionadas e dispostas que essas pessoas estejam a me acolher, por mais que elas se importem comigo, no fim das contas, ninguém vê graça em conversar sobre tristeza. Claro que, se essas pessoas me amarem, vão me ouvir quantas vezes forem necessárias, e glória a Deus por termos pessoas pacientes ao nosso lado. Mas não tem como esse ser o nosso único assunto sempre, mesmo quando é tudo o que eu sei falar.


Se ao menos houvesse alguém que não se entediasse com a minha tristeza, que não ficasse constrangido com as minhas lágrimas, que de fato visse preciosidade na minha melancolia… Alguém que verdadeiramente me entenda, que conheça minhas dores uma por uma.


A boa nova é que essa pessoa está mais perto do que pensamos. Não só isso, mas essa pessoa já estava presente nos nossos dias maus antes mesmo que eles existissem. Jesus vê valor na nossa tristeza. No Salmo 56 aprendemos que Ele “contou e recolheu num jarro todas as minhas lágrimas e anotou cada lágrima no seu livro.” Como é reconfortante pensar que alguém enxerga tanta preciosidade nos meus sentimentos a ponto de guardar para Si cada uma das minhas lágrimas.


Quem mais faria isso, por mais que se esforçasse? Que pai ou mãe contaria todas as lágrimas de seu filho? Que amigo escreveria em um livro todas as minhas frustrações? Que namorado estaria lá para recolher cada lágrima? Mas o Senhor, que viu meu corpo e ossos serem formados, que conhece os meus dias e os meus sentimentos, enxuga todas as minhas lágrimas. Todas elas. Desde as que derramei ainda bebê, quando me machuquei aprendendo a andar, até as que derramo hoje, quando a vida não vai como eu espero. Ele contempla todas as minhas dores, e não se cansa.


Então, o que fazer a não ser entregar minha tristeza para Jesus? Como não dar para Cristo todas as minhas frustrações e desesperanças se Ele se importa com as minhas lágrimas mais do que ninguém? Não importa que seja a única coisa que eu tenha para entregar a Jesus, porque nas mãos dEle, até a minha melancolia sufocante se torna beleza e graça.

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